LUCIO ANEU SENECA CARTAS SELECIONADAS_ Int – Lucio Aneu Seneca

LUCIO ANEU SENECA CARTAS SELECIONADAS Int Lucio Aneu Seneca

As seguintes nove cartas, as traduzi diretamente do latim. Selecionei-as a partir da célebre obra Cartas a Lucílio, que Sêneca compôs na última fase de sua vida. São ao todo nove cartas que não me canso de ler, e que falam sobre filosofia e amizade (carta IX), sobre a divindade no humano (carta XLI), sobre os vários aspectos da virtude (Carta LXVI), sobre a aprendizagem do conhecimento na velhice (carta LXXVI), sobre a resistência à adversidade (carta LXXXII), sobre o uso prudente do vinho (carta LXXXIII), sobre como resistir com espírito equânime às vicissitudes (carta XCVIII), sobre o perigo que vem do homem e o cultivo prudente da filosofia (carta CIII) e, finalmente, sobre a necessidade de estarmos preparados para tudo o que possa ocorrer (carta CVII).
Estas cartas são remédios que curam a alma de ignorâncias capazes de nos engendrar paixões dolorosas e terríveis. Escritas no auge de uma das maiores civilizações que já houve sobre a face da terra, o romano Sêneca faz jus à sua estirpe. Com a capacidade de enxergar a realidade e o que há de perene no cotidiano e na existência humana, livre das ideologias que, alguns séculos após a sua morte, começariam a paulatinamente cegar os ocidentais, as palavras de Sêneca falam para os humanos de todos os tempos, destravando nossa visão e nossa mente das avalanches de tolices que nossos contemporâneos apregoam por toda parte como fossem verdades.
Que a leitura destas cartas de Sêneca sejam, para o leitor, o refrigério que são para mim.

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Pesquisador honorário da Universidade de Kent (UK), Aldo Lopes Dinucci é bacharel em filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (1992-1996), mestre e doutor em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996-2002) sob a orientação da Dra. Maura Iglésias.

Leciona, desde 2003, na Universidade Federal de Sergipe, localizada na região nordeste do Brasil, desenvolvendo intenso trabalho de pesquisa sobre Epicteto em particular e o estoicismo em geral.

Possui quatro pós-doutoramentos: o primeiro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 2014 e 2015, sob a orientação do Dr. Fernando Santoro; o segundo, na Universidade de Kent, Inglaterra, sob a orientação da Dra. Karla Poolman; o terceiro, na Universidade de Brasília, em 2016, sob a orientação do Dr. Gabriele Cornelli; e o quarto, entre 2019 e 2020, na Universidade de Kent, Inglaterra, sob a orientação da Dra. Kelli Rudolph.

É editor-responsável do periódico científico PROMETHEUS JOURNAL OF PHILOSOPHY, do qual também é fundador, desde 2007. Participa do comitê científico de vários periódicos brasileiros de filosofia, tais como Archai, Griot e Anais de Estudos Clássicos.
Entre 2007 e 2009, obteve financiamento do Conselho Nacional de Pesquisa do Brasil do Brasil (CNPq) para a realização do projeto ‘Tradução bilíngue do Manual de Epicteto’. Entre 2015 e 2018, obteve do Conselho Nacional de Pesquisa do Brasil do Brasil (CNPq) a bolsa de produtividade em pesquisa para a realização do projeto ‘Problemas relativos ao conceito estoico de phantasia’. Em 2018, obteve financiamento da Academia Britânica para o projeto ‘Percepção e persuasão: a noção de ‘persuasivo’ (pithanos) no Estoicismo’ . Este projeto se estende até a presente data e é feito em parceria com a Dra. Kelli Rudolph, do Departamento de Estudos Clássicos e Arqueológicos da Universidade de Kent, Inglaterra.
Desde 2020 coordena o Grupo de Trabalho EPICTETO, vinculado à Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia do Brasil (ANPOF). Tal grupo de trabalho realizou, em 2020, o I Seminário de Pesquisa GT Epicteto, o maior evento em estoicismo já realizado no Brasil, com mais de 30 apresentações científicas.
É membro da Cátedra Unesco-Archai e dos programas de pós-graduação em filosofia da Universidade Federal da Bahia, da Universidade Federal de Sergipe e da Universidade de Brasília.

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