Quinze anos de atividade sexual, quinze anos do mais puro constrangimento.
Ainda não me humilhei publicamente o bastante, então resolvi compilar minhas quinze piores vergonhas para ver se descolo uma grana para pagar a terapia.
Prefácio de Clara Averbuck:
“Socorro, pesadelo: sonhei que você tinha lido e odiado e postado uma resenha falando muito mal antes de falar comigo, daí a gente brigava e rompia a amizade, foi horrível. Aí eu ia me refugiar na casa da Mari pra contar o que tinha acontecido mas uns monges budistas fedendo não me deixavam chegar lá”
Esse foi o sonho da Polly um dia depois de ter me pedido pra fazer o prefácio deste maravilhoso livro. Como vocês podem deduzir, foi apenas um sonho e este livro é uma preciosidade, assim como sua autora, que resolveu contar suas aventuras sexuais. Sim, sexuais; causos das pessoas que ela já pegou por esse mundão afora. Infelizmente não estive lá para testemunhar nenhuma delas, apesar de ter cruzado o último deles certa noite, perdida no meio da neve nas redondezas de Bethnal Green.
Conhecendo a Polly, sei que cada palavra escrita neste documento é verdade, pois a vida, ela é surreal, mas nem todo mundo sabe contar a história do jeito certo. Ela sabe. Li em uma hora dentro do ônibus e ria alto, visualizando e sentindo em minha pele cada momento, cada frase, cada papelão. Que história de vida, amigos. Que história. Então mergulhem sem medo no fantástico mundo do constrangimento e lembre-se sempre que vamos todos morrer mesmo, então o que vale nessa vida é ter boas histórias pra contar.