GEORGES ARNAUD é o pseudônimo literário de Henri Girard, filho do historiador Georges Girard. Nasceu em Montpellier, em 1918. Estudou direito. Viajou muito, sobretudo pela América do Sul. O patrimônio de experiências acumulado nessas viagens em muito enriqueceu sua obra literária. Estreou como romancista em 1950 justamente com O Salário do Medo, a que se seguiram três romances (Le Voyage du Mauvais Larron, 1951, Lumière de Soufre, Les Oreilles dans le Dos, 1953), uma coletânea de contos, duas peças de teatro, além de reportagens e depoimentos. Personagem aventureira, irrequieta, explosiva, imprime essas características ao seu estilo, mais provocante do que comedido, tumultuoso, às vezes áspero, mas também cheio de ação e suspense. O Salário do Medo ilustra tais características. Na Guatemala, o acaso junta um bando de aventureiros dispostos a tudo por uma boa soma de dinheiro que lhes permita deixar o país. Essa oportunidade se apresenta a quatro eleitos europeus. Têm que transportar uma carga de nitroglicerina que vai extinguir incêndio num dos poços da Crude, petroleira americana. Nessa longa e louca viagem os quatro homens vivem o medo sob as mais variadas formas. O único sobrevivente da tragédia acaba vítima da alegria de viver. Le Salaire de la peur (O Salário do Medo) rendeu filme franco-italiano lançado em 1953, dirigido por Henri-Georges Clouzot, com Yves Montand.
O Salário do Medo – George Arnaud
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