De repente o saudável hábito de cuidar do próprio corpo se tornou uma obsessão. A princípio, tratava-se de uam forma de recuperar a vitalidade e o bme-estar físico perdido nas engrenagens do trabalho alienado, ou, ainda, uma maneira de “levantar o astral”. Pouco a pouco, o remédio foi virando doença, fixação, e o que era cuidado virou idolatria do corpo, isto é, corpolatria. A luta contra a alienação se transformou numa outra alienação. Nosso corpo continua um “objeto semi-identificado”, e a felicidade, cada vez mais longe…