Paul Auster, autor elogiado internacionalmente pela força imaginativa de seus romances, entre os quais Desvarios no Brooklyn, A trilogia de Nova York e Timbuktu, todos publicados pela Companhia das Letras, explora, em O caderno vermelho, livro inédito no Brasil, acontecimentos do mundo “real” — grandes e pequenos, trágicos e cômicos — que revelam a natureza imprevisível e mutável da experiência humana.
Dividido em quatro partes, compostas por pequenas histórias independentes, O caderno vermelho tem no acaso seu elemento unificador. Fatos bizarros ricocheteiam em outros com precisão, mas se esquivam das expectativas do leitor: uma torta de cebola queimada, um engano ao telefone, um menino atingido por um raio, um homem que caiu de um telhado, um pedaço de papel encontrado num quarto de hotel em Paris — tudo isso compõe um jogo em que sorte, azar e coincidência são tão impressionantes que mais parecem ficção.