Sétimo livro da série Outlander, Ecos do Futuro vai além da jornada de Claire e Jamie, apresentando outras três tramas paralelas. Enquanto o casal de protagonistas se vê às voltas com a Revolução Americana e a perspectiva de voltar para o Velho Mundo, Brianna e Roger, acompanhados dos filhos, tentam se readaptar à vida no século XX, para a qual acabam de retornar. Simultaneamente, Diana Gabaldon acompanha a trajetória de William Ransom, o filho adotado de Lord John Grey, ao ingressar no exército britânico para lutar contra os americanos. Para completar, o sobrinho de Jamie, Ian Murray, ganha uma história própria, tão intrincada quanto as demais.
Não bastasse o inverno tenebroso pelo qual estão passando e todos os sombrios acontecimentos recentes, logo no início da trama a autora expõe Jamie e Ian a uma situação nada confortável, relacionada ao ouro roubado no último livro. A dupla acaba se envolvendo em um crime e Ian é jurado de morte. Em meio a tudo isso, ele terá de acompanhar a saída do tio e de Claire da Carolina do Norte em direção aos Highlands, onde Jamie pretende retomar a gráfica que deixou para trás, mas até isso se tornar realidade ainda há muito a ser enfrentado.
Paralelamente, William Ransom passa por situações tragicômicas no exército britânico, assim como é desafiado constantemente. Durante sua trajetória enfrentando os americanos, William acaba cruzando com Ian Murray. Nesta altura da história um dos maiores receios de Jamie é deparar-se com William, seu filho criado pelo amigo John Grey, protagonista de outra série assinada por Diana Gabaldon. Diferente de outros livros, em Ecos do Futuro os integrantes da nova geração ganham um espaço considerável na história.
Enquanto tudo isso transcorre no século XVIII, Roger e Brianna descobrem uma caixa de cartas de Claire e Jamie, as quais vão lendo aos poucos, como se a história relatada pelos pais estivesse apenas terminado de acontecer. Esta parece ser uma forma encontrada pela autora para manter a conexão entre as duas famílias, mesmo que agora elas estejam separadas por mais de 200 anos no tempo. Também é um ótimo recurso para relatar eventos vividos por Claire e Jamie sem se alongar muito.
Assim como em capítulos anteriores da série, Diana Gabaldon inclui personalidades reais na trama, como Benjamin Franklin ou Benedict Arnold, além de fatos históricos nos quais seus personagens se envolvem. Além dos famosos, a autora oferece aos leitores uma série de personagens com papéis menores, mas que ajudam a dar a sustentação à trama, dividida em duas partes. Mantendo o estilo que conquistou milhões de leitores em todo o mundo, Diana Gabaldon mistura romance, suspense e disputas de poder numa narrativa que mantém a tensão e a emoção do início ao fim.