O mundo da comunicação mudou radicalmente nos últimos anos.
Sabe-se que o fenômeno Matrix não se fez apenas por conta dos filmes, mas por seu conceito único, que navegou por quadrinhos on-line, games e animação antes de retornar às suas continuações cinematográficas.
É fato que reality shows como Survivor e seriados de televisão de interesse mundial como Lost e Heroes cada vez mais promovem a interatividade com o seu público.
Tudo porque a audiência não se vê mais no papel de simples espectadora de eventos sobre os quais não possui qualquer controle.
O marketing contemporâneo não busca mais somente marcas que identifiquem seus produtos. Respondendo ao ambiente de mídia atual, a publicidade tem de criar experiências de envolvimento, de participação e de interação para cativar consumidores.
Os fãs se cansaram de esperar que as grandes companhias produzissem o único destino de seus personagens e franquias favoritos, iniciando a produção de suas próprias histórias alternativas, baseadas em sucessos como Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas, Harry Potter, quadrinhos de heróis e séries literárias.
Além disso, em todo lugar parece haver um Big Brother. Os conceitos de privacidade tradicionais estão ruindo. Mas, com o desenvolvimento de celulares com câmeras e gravadores digitais portáteis de alta capacidade, cada um de nós pode ser o responsável.
Por conta disso tudo, é necessário compreender este novo mundo sob uma ótica convergente, na qual as velhas e as novas mídias parecem entrar em total rota de colisão. É o que propõe Henry Jenkins, uma das mais respeitadas vozes mundiais em comunicação, em seu livro Cultura da Convergência.