Nenhum carioca esperava que zumbis truculentos invadissem seus lares naquela madrugada de quarta-feira. Os que sobreviveram não imaginavam que lugares considerados como refúgios eram na verdade tocas de vampiros sedentos por sangue. E boa parte dos que ainda assim conseguiram fugir não esperavam que fossem farejados por ferozes lobisomens.
Em um ambiente pós-apocalíptico na sua forma mais extrema, é introduzido o sarcástico Bento Batista, um homem aparentemente desequilibrado que se diverte com o rumo que a história tomou, tendo poucas preocupações no seu dia-a-dia, como o “amor” de sua vida, jogar vídeo-game e conseguir uma das maiores raridades daqueles tempos: uma jovem atraente.
Mas o destino impõe barreiras para que ele não consiga viver da maneira que tanto deseja, forçando-lhe a se unir com as criaturas mais malignas, desprezíveis e patéticas de todo aquele inferno, segundo a sua própria concepção: outros seres humanos.
Em uma narrativa bem-humorada com um desenvolvimento pouco convencional para o tema, Chagas da Condenação mostra de maneiras simples o quão importantes são os pequenos momentos da vida, mesmo se você tem de conviver diariamente em um Rio de Janeiro devastado com criaturas do inferno que querem matar você.
E o Rio de Janeiro continua lindo.