Depois de A viagem vertical (Cosac Naify, 2004), Enrique Vila-Matas, um dos maiores nomes da literatura espanhola atual, surpreende seus leitores com a citação de um dos personagens mais famosos de Herman Melville, o escrivão Bartleby.
Empregado em um cartório de Nova York e inicialmente muito ativo, Bartleby é tomado de uma paralisia encantatória que o impede de fazer quaisquer serviços. Uma aura de mistério começa a envolver o contemplativo e borgiano personagem.
Vila-Matas isola sua essência e sua “pulsão negativa ou atração pelo nada”, para daí constituir o que chama de Síndrome de Bartleby e a então rastreia sua “companhia”, ou seja, uma galeria de criadores que mesmo tendo uma consciência literária muito exigente, jamais chegam a escrever.
A obra recebeu os prêmios Cidade de Barcelona (2001) e Melhor Livro Estrangeiro na França (2002).