Primo Levi tinha só 24 anos quando foi deportado para Auschwitz, a fábrica construída pelos nazistas para exterminar judeus e minorias. Químico, Levi trabalharia junto a outro prisioneiro, o médico Leonardo De Benedetti.
Em 1945, após a libertação, soviéticos encarregaram os dois de um relatório sobre as condições de saúde dos campos. O resultado, publicado em 1946, foi um testemunho pioneiro dessa experiência atroz, que inaugura o trabalho de Primo Levi como escritor. Depois, o químico continuaria contando a experiência de Auschwitz nas histórias, pesquisas e nos comentários agora recolhidos, que, graças à coerência, clareza e o rigor do método, reforçam a potência narrativa do autor.