Os textos de Arnaldo Jabor têm o poder de despertar, inquietar, polemizar. Ácidos, líricos, deliciosamente vorazes, estão sempre sintonizados com os assuntos que mexem com a vida dos brasileiros e brasileiras. O livro Amor é prosa, sexo é poesia reúne suas melhores crônicas sobre nossas obsessões mais íntimas: sexo e amor, família, mulheres. Em 36 textos, Jabor anuncia sem pudores sua fome de beleza em tudo: na vida, na política, no amor, no sexo. Confessa ternuras e invejas. E será assim, exaltado, rodriguiano, que vai admitir um dos maiores medos: “os abismos das mulheres são venenosos, o seu mistério nos mata.” O amor depende de nosso desejo, o sexo é tomado por ele. O perigo do amor é virar amizade; o perigo do sexo é que você pode se apaixonar. A percepção de Jabor sobre linhas intangíveis, como a que separa o amor do sexo, costuma ser tão afiada quanto seus discursos anti-Bush. Com ou sem Osama bin Laden, chega a hora em que o herói se deprime e percebe que também precisa de um ritual de encontro. Afinal o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. É para este homem, e principalmente para esta mulher, que Jabor escreve suas crônicas amorosas.