Com o intuito de homenagear os habitantes da região amazônica e de preservar a história local, A filha dos rios descreve com detalhes a paisagem do mundo onde moram portugueses, italianos, espanhóis, árabes e judeus que desbravaram aquele território imenso desde o primeiro ciclo da borracha.
A obra se passa na segunda metade do século XX, e acompanhamos Maria, uma jovem de 16 anos e olhos verdes que se vê levada de Igarapó Mirim por Adriano, a pedido de sua mãe, Eulalia. Descendo pelo Rio Purus, eles chegam a Surara, onde se instalam. É lá que Maria aprende a cozinhar e que o amor entre ela e Adriano aflora. Maria e Adriano seguem viagem até Manaus, onde conhecem Benjamim Melul e sua esposa Nina e, juntos, partem para Quatro Ases, um seringal na fronteira do Brasil com a Bolívia. Após 5 anos, quando decidem se mudar, o grupo é pego por um surto de febre amarela e apenas Maria e três crianças sobrevivem.
Determinada a educar seus dois filhos e Alice, a filha do casal de amigos, Maria trabalha como cozinheira, em uma boate e na draga de prospecção de ouro de Oleg Hazan, um jovem judeu búlgaro.