Tão revolucionárias para a sua época eram as idéias do filósofo judeu holandês Baruch Espinosa (1632-77) que ele foi excomungado e teve suas obras proibidas por décadas. Hoje, é reconhecido como um dos pilares do pensamento ocidental. O neurologista António Damásio, estudante de Espinosa na juventude, descobriu que as idéias desse pensador sobre um dos grandes temas da filosofia e da ciência – a questão da unidade entre mente e corpo – eram muito próximas daquelas da mais avançada neurociência. Damásio constatou, surpreso e fascinado, que Espinosa já intuíra que mente e corpo eram manifestações de uma mesma substância e que os sentimentos constituíam o alicerce da mente. Em busca de Espinosa completa a série de livros de Damásio sobre o papel da emoção e dos sentimentos nas relações entre a mente e o corpo, trilogia formada também por O erro de Descartes e O mistério da consciência. Os avanços recentes da neurociência, as pesquisas feitas em laboratório e as observações clínicas realizadas por Damásio e sua equipe levaram-no a supor que os sentimentos têm bases físicas, ou seja, originam-se no corpo, sendo “mapeados” no cérebro por intermédio dos sentidos. Damásio mostra como emoções e sentimentos fazem parte do processo regulador da vida e são essenciais não só para a sobrevivência física individual, mas também para o êxito da espécie humana. “O mais ousado, gratificante e pessoal dos livros de Damásio.” – Oliver Sacks “Damásio está na vanguarda do que os neurocientistas chamam de ‘revolução do afeto’, movimento que está subvertendo décadas de conhecimento e repercutindo em diversas áreas.” – The New York Times
Em busca de Espinosa – Antonio Damasio
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