Paulo Francis iniciou sua carreira jornalística como crítico de teatro no final dos anos 1950. Enveredou pelo comentário político na década de 1960, quando atuou na Última Hora e ajudou a criar O Pasquim, marco da imprensa alternativa.
A independência intelectual e a ferocidade crítica de seus comentários levaram-no a ser preso quatro vezes pela ditadura militar. Mudou-se para Nova York em 1971 e, quatro anos depois, passou a escrever para a Folha de S. Paulo, sobre os mais variados assuntos: da hegemonia mundial dos EUA ao cinema de Coppola e Woody Allen, da crise do comunismo ao assassinato de John Lennon, dos impasses da redemocratização brasileira à ascensão de Lula no cenário político.
Organizado pelo jornalista Nelson de Sá e com posfácio de Luiz Felipe Pondé, este livro traz os artigos que fizeram de Francis o polemista mais audacioso da história recente da imprensa brasileira.