Místico religioso como querem alguns, ou um homem de certo nível cultural e de inteligência aguda, como defendem outros, Antonio Conselheiro reuniu jagunços, ex-escravos, beatos, mulheres e crianças e pôs em xeque as forças e a organização do Exército Brasileiro. Líder da Guerra de Canudos ― um dos episódios mais importantes que marcaram a queda da Monarquia e a instituição da República no Brasil ― Antonio Conselheiro esteve à frente de um grupo de pessoas humildes que, mesmo acuado pela perspectiva imposta por uma realidade perversa, ousou acreditar na possibilidade de uma vida mais justa.No livro “A Guerra Total de Canudos” (selo Escrituras, 3a edição revista e ampliada), Frederico Pernambucano de Mello afirma que a passagem dos 118 Anos desse episódio da nossa história precisa evitar o caminho apenas ruidoso de celebrações anteriores, para se fazer motivo de estudo da cultura brasileira como Gilberto Freyre recomendava: com mais pontos de interrogação e menos pontos de exclamação.
A Guerra total de Canudos – Mello
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