O primeiro livro em língua portuguesa sobre esse grande mestre chinês, num relato pessoal de um de seus discípulos.
“Estar na presença de Hsü Yun foi como estar na névoa da manhã de um dia ensolarado, ou em uma daquelas nuvens que pairam no topo de uma montanha. Uma pessoa pode esticar o braço e tentar agarrar a névoa, mas, não importando o quanto ela tente agarrá-la, sua mão sempre permanecerá vazia. Ainda assim, por mais seco que esteja seu espírito, a Nuvem Vazia o envolverá com a umidade doadora de vida; ou não importa o quanto seu espírito queime com raiva ou desapontamento, um frescor suave o afagará como o gentil orvalho”.
Hsü Yun (em chinês: 虚云; pinyin: Xūyún) nasceu em 1840 e foi um dos mais influentes mestres do Buddhismo Ch´an (Zen) dos séculos 19 e 20.
“Ser vazio significa ser vazio de ego, não ter nenhum pensamento de eu, não no sentido de alguém funcionando como um vegetal ou um animal selvagem – coisas vivas que meramente processam água, alimento e luz solar de modo a crescer e reproduzir-se – mas no sentido de que esse alguém cessa de medir os eventos, pessoas, lugares e coisas do ambiente em termos de ‘eu’ ou ‘meu’”.