Quem narra boa parte de Diário de Uma Ilusão é Nathan Zuckerman, presente em outros livros posteriores. Roth exercita uma metalinguagem saudável, explodindo facetas de seu ego em alguns personagens. Assim como há dele em Zuckerman, Lonoff, o monolito a devastar neste romance, também é um espelho de si mesmo. Este último habita os ermos rurais, e nem lá se adapta, xaropíssimo ermitão a resmungar e datilografar em sua ultrapassada máquina de escrever.Em Diário de Uma Ilusão, o título da versão brasileira precisa ser esquecido, terminantemente esquecido: é um horror, e denigre Roth justamente na obra que ele dedica a Milan Kundera, o rei dos títulos fantasticamente bons.