Uma série de fatos inusitados abala a rotina da pacata cidadezinha mineira de Dores do Indaiá. Sem que ninguém saiba por que, os livros da biblioteca da escola passam a apresentar anotações feitas à mão. De boca em boca, a notícia se espalha e faz da biblioteca o assunto mais comentado pelos moradores, até então pouco interessados em literatura. Dores do Indaiá é a cidade natal do poeta Emílio Moura, que na década de 1920 integrou a chamada geração de modernistas mineiros, ao lado de Pedro Nava e do amigo Carlos Drummond de Andrade. E é uma Dores do Indaiá imaginária que a autora Stella Maris Rezende – também cidadã dorense – descreve em A sobrinha do poeta, uma trama de cheia de suspense, protagonizada por uma fictícia sobrinha de Emílio Moura: Leodegária, a bibliotecária local.Em uma narrativa embalada pela sonoridade do falar mineiro, Stella reproduz a atmosfera interiorana das Minas Gerais como pano de fundo para uma história que, ao se desenvolver rumo à solução do caso da biblioteca, revela como toda uma comunidade pode ser afetada pelo grande mistério da arte literária. Romance de ficção com referência a pessoas e fatos concretos, A sobrinha do poeta presenteia o leitor com a íntegra de A casa, poema de Emílio Moura que está estreitamente ligado ao enredo do livro.
A Sobrinha do Poeta – Stella Maris Rezende
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