No verão de 2013, os mercados financeiros do mundo estavam montados de forma a maximizar o número de encontros entre investidores comuns e operadores de alta frequência – à custa dos primeiros e em benefício dos operadores de HTF, das bolsas, dos bancos de Wall Street e das firmas de corretagem on-line. Em torno desses encontros desenvolvera-se um ecossistema inteiro. Michael Lewis, o escritor que melhor retratou o universo financeiro americano, volta a Wall Street para investigar um predador tecnológico que vem rondando o mercado de ações.Todo mundo imagina as bolsas de valores mais ou menos da mesma forma: pessoas nervosas na sala do pregão, gritando sem parar, agitando braços e empunhando telefones. Mas essa imagem já era. Agora, as negociações são realizadas por programas de computador, dentro de caixas-pretas localizadas em edifícios cercados de forte proteção. A cada dia, bilhões e bilhões de dólares circulam pelas redes de fibra óptica sem sequer passar por um corretor de carne e osso.
Nem mesmo os especialistas a quem os investidores confiam seu dinheiro sabem o que acontece com ele. E os pouquíssimos que sabem preferem ficar quietos — porque estão fazendo fortunas. O mercado financeiro atual, descontrolado e invisível, concebido para beneficiar apenas algumas pessoas, segue uma única lei: a velocidade. Tudo pode mudar num piscar de olhos, e há corretores que venderiam a própria avó em troca de um microssegundo de vantagem.
Em Flash Boys, Michael Lewis revela como um punhado de indivíduos excêntricos e brilhantes está determinado a expor a verdade ao público. Esta é a história surpreendente de como um pequeno grupo decidiu enfrentar todo o sistema e declarar guerra contra algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo.