Imortalizado por clássicos da literatura fantástica, como A Máquina do Tempo, A Guerra dos Mundos e O homem invisível, H. G. Wells também foi um autor marcante na arte do conto — pela originalidade, pela tensão do texto, pela capacidade de criar situações impossíveis e levar o leitor a acreditar em cada um de seus detalhes. Escreveu quase uma centena de textos curtos ao longo da vida, transitando da fantasia ao terror, da ficção científica à fábula, do mistério policial às histórias de aventura.
O País dos Cegos e Outras Histórias reúne, em sua versão nacional, 18 de suas histórias, onde o fantástico, o terror e até a fábula se alternam em narrativas envolventes. Escritas principalmente entre o final do século XIX e o início do XX, mostram um pouco dessa faceta do autor menos conhecida no Brasil. Nas páginas de H. G. Wells, tudo acontece: povos esquecidos, ameaças interplanetárias, criaturas selvagens e drogas extraordinárias.
O autor sintetiza sua maestria em “O País dos Cegos”, conto que abre e dá nome a este volume, ao criar um mundo à parte, de habitantes que há gerações perderam o dom da visão e levam a vida de forma pacífica até a chegada inesperada de um estrangeiro.