– Você seria capaz de se tornar vampira para ficar comigo, Jessi?
Engoli em seco. Baixei os olhos momentaneamente e senti-me sem graça.
Quer dizer, eu realmente gostava de Zack e só Deus sabe o quanto eu queria ficar com ele. Mas eu seria mesmo capaz de cometer besteiras como meninas apaixonadas fazem? Afinal não seria algo como fazer uma tatuagem com o nome do cara, fugir pela janela escondido ou dar um pulinho para ver o apartamento novo do namorado. Seria algo do qual eu poderia me arrepender para sempre.
Literalmente falando.
Sem contar que todos os casais costumam sofrer crises. Imagine a crise dos sete anos. Se nós dois vivêssemos para sempre, isso significaria que a crise dos sete anos se repetiria a cada sete anos? Ou 77? 777? 7777? Estaríamos juntos assistindo de camarote o apocalipse?
Nossa, e se ele enjoasse de mim? Se me trocasse por uma lambisgóia vampiresca qualquer com cara de anjinho ou algo do tipo? Afinal ele já vira deusas egípcias. Viu até homens mais lindos do que eu.
Cara, que coisa chata ser a caçadora do vampiro mais lindo do mundo.
Orelhas:
A missão de Jéssica começa a ficar mais complicada. Como se já não bastasse provar que era incompetente como caçadora de vampiros – mas muito estilosa nas roupas – o mestre caçador do Conselho se mete entre ela e Zack. E ele não é o único: Eric, o vampiro que ela devia caçar mas não encontrou, acaba por dar as caras. O pior é que ele não é propriamente um vampiro, mas algo mais sobrenatural, e não está disposto a revelar-se. O cerco começa a se fechar e Jessi ainda acaba por virar uma criminosa sem querer para poder ajudar seu vampiro caçado. Outros acabam se envolvendo na história e Jéssica acaba correndo o grande risco de revelar sua identidade de caça-vampiros e morrer de vergonha.
Ou passar por louca varrida.
