O Tom Ausente de Azul – Viajando a Edimburgo a trabalho, o francês Edgar Logan prevê uma temporada de iluminação e tranquilidade para traduzir os textos de David Hume, uma referência em sua vida. Mas, já na Escócia, Edgar conhece por acaso Harry Sanderson e sua cativante esposa, a artista Carrie. A partir daí, sua vida meticulosa passa por um turbilhão, e a viagem que se pretendia estritamente profissional ganha uma carga dramática à qual Edgar nunca se vira acostumado — na verdade, sempre evitara.
Após sobreviver a uma infância solitária e a um colapso nervoso na época da faculdade, Edgar agora segue seu instinto e tenta manter distância das emoções e da desordem. Enquanto isso, Sanderson — anárquico, paranoico e brilhante — se vê à beira de uma crise autodestrutiva. Atraído pelo casamento conturbado dos Sanderson, Edgar deve enfrentar seus medos mais profundos e seu crescente interesse pela encantadora Carrie. Quanto mais ele descobre os muitos segredos dessa família — e se dedica ao trabalho —, mais a viagem ganha ares de thriller. Edgar não é mais o mesmo homem: o turbilhão (do qual ele não sabe quando nem como sairá) já lhe deixou marcas indeléveis. Logo nele, que parece querer passar pela vida sem deixar assinatura, talvez apenas em sua profissão.
Inspirado na obra do gigante do Iluminismo David Hume, o título do livro se refere à capacidade de reconhecer um tom de azul mesmo sem nunca tê-lo visto, apenas intuindo sua existência a partir dos outros tons. Um sensível ponto de partida para um texto leve e irônico, que faz referências a Sócrates, Sartre, Freud, Piaget e Tolstói, entre tantas outras figuras consagradas. O Tom Ausente de Azul: Uma Aventura Filosófica é um retrato tocante, inteligente e espirituoso da implacável condição moderna: da ausência de fé ao flagelo do ciúme; da natureza fugidia da felicidade à capacidade humana de amar.